A paradinha é um reconhecimento por meio de odores, uma vez que o universo visual delas é limitado. Cada colônia possui um cheiro específico, permitindo a identificação tanto das irmãs de um mesmo grupo como de formigas " estranhas " ao ninho. As trilhas por elas deixadas têm uma marcação de odores denominados feromônios, liberados pelo abdome da formiga. Existe também o contato pelo toque das antenas.

Elas não dormem da mesma forma que um ser humano, pois o sono é um fenômeno elétrico típico do cérebro dos animais vertebrados. Como a formiga não possui essa característica marcante, não se pode afirmar que ela está dormindo. Sabe-se que a formiga fica parada no ninho num estado muito próximo do repouso, e ela o faz durante 60% do tempo. Assim, a fama de trabalhadora a ela atribuída é um pouco exagerada. Existe uma espécie, porém, que encosta e chega a deitar para repousar.

Sim. Inclusive, essa é uma característica comum a todos os insetos sociais, como formigas, abelhas e cupins. O altruísmo neles presente desencadeia um senso de dedicação extrema, onde abrem mão da vida para defender o ninho. A relação de parentesco é mais forte do que tudo.

Existe uma divisão do trabalho. Nesta, as formigas mais novas tendem a realizar tarefas caseiras, como cuidar das larvas, da rainha e dos ovos. As mais velhas ficam mais fora do ninho, defendendo-o e recolhendo material necessário à sobrevivência. Além de uma divisão do trabalho etária, ocorre também uma divisão funcional, de acordo com a espécie.

Este é um dos fatores mais interessantes: imagine a formação de uma grande construção, altamente organizada e complexa, sem um "engenheiro chefe " determinando como isso é feito. É um processo coletivo, onde as formigas não sabem o que estão fazendo, pois cada uma reage apenas a estímulos e situações diferentes próximos a ela. O resultado dessas diversas interações e situações produz uma estrutura complexa, como se a colônia fosse o cérebro e cada formiga uma célula nervosa.

A rotina de escavação das formigas é muito rígida. Todas produzem mais ou menos o mesmo movimento de cabeça e mandíbula, trazendo as ''pelotinhas " de terra proporcionais em tamanho, forma e cor para a mesma região. A sistematização disso ocorre pela divisão funcional inconsciente que elas possuem.

Depende da espécie. Em geral, as câmaras mais profundas da colônia são dedicadas à criação de larvas e ao local onde a rainha põe os ovos. Enquanto isso, as mais superficiais destinam-se às operárias, formigas que costumam sair do ninho para trabalhar.

Sim. No Brasil e em algumas regiões da África temos as chamadas formigas legionárias, isto é, que não possuem ninho. São nômades e montam acampamentos em tocos de árvores vazios, cantos de rocha, etc. Durante à noite, elas se entrelaçam para proteger a rainha, ao passo que de dia elas caminham, formando trilhas de 50, 100 m e recolhem todos os insetos encontrados no caminho ( baratas, aranhas, besouros ).

Normalmente, essas são as formigas que nos incomodam. Existem pelo menos 15 espécies que vivem em nossas casas, muito adaptadas à convivência humana. Em São Paulo, há uma espécie chamada formiga fantasma, que possui o corpo claro e é comumente conhecida como formiga açucareira. Elas se adaptam as casas, pois vivem em qualquer buraquinho, espaço ou atrás de azulejos e são muito resistentes a ataques com inseticidas, vassouras e panos porque possuem muitas rainhas, numa espécie de supercolônia. Se uma delas é morta, ainda sobram as outras.

O império das formigas pertence às fêmeas. Quando o ovo é fecundado, nasce uma fêmea. Quando não o é, a formiga também nasce, só que macho. Os machos vivem entre 10 e 30 dias, mal se alimentam e voam para se reproduzirem (as rainhas também voam). No vôo nupcial há a cópula e, após esta, o macho perde a utilidade para a colônia. Sua função é, portanto, meramente reprodutiva.

Em algumas espécies, não existem rainhas, e as operárias se reproduzem. Elas brigam entre si, para ver qual assumirá a função da rainha e esperam pelo macho. Quando este surge, a briga das operárias pode fazer com que ele tenha suas asas arrancadas e eventualmente a cabeça também ! Inicia-se então uma disputa pelo abdome do macho, ao qual elas se agarram e copulam para reproduzir.

Estamos sendo pioneiros na pesquisa de linguagens que levem a Internet ainda mais longe em sua capacidade de persuadir e criar vínculos ainda mais profundos com as pessoas.