Já fizeram alguns estudos, colocando uma filmadora na frente de uma pessoa trabalhando com o computador, e de uma secretária que estava escrevendo, vendo papéis, essas coisas. Perceberam o seguinte: em um minuto, quem está na frente do computador pisca 3 vezes menos do que uma pessoa que não está trabalhando nele. A atenção na tela faz a pessoa piscar menos. Piscar menos implica uma menor lubrificação do olho, isto é, sai menos lágrima. Por isso ele resseca e arde. E isso é fato; depois de algumas horas trabalhando no computador, todo mundo fala: "meu olho incomoda, arde".

Para que você tenha conforto, você precisa ter esses lubrificantes oculares, para colocar a cada uma ou duas horas, ou você dá uma pausa, vai fazer outras coisas por um tempo. Ainda, a pessoa pode se habituar, conscientemente, a piscar. Essas são 3 soluções básicas para diminuir o problema de quem trabalha com o computador.

Uma outra coisa importante em relação ao computador é a posição do monitor. A melhor posição, a mais correta, é quando o monitor fica inferior à sua linha de visão. Cada olho tem 6 músculos permitindo seus movimentos. Essa posição, mais ou menos olhando para baixo uns 30, 45 graus é aquela onde dois músculos (músc reto medial e músc oblíquo superior) atuam de uma maneira mais favorável, como se somassem forças, facilitando a leitura. Quando você tem de olhar para frente, isso não ocorre. Lógico, depois de algum tempo nesta posição, a musculatura cansa. Aí vem a dor de cabeça, a sonolência, desatenção...

Há uns 12, 14 anos, a cirurgia de miopia (apenas ela) era feita com um bisturi com ponta de diamante. Ela foi desenvolvida na União Soviética, por um russo chamado Fiodorov. E lá, ela não foi feita para se ganhar dinheiro, mas sim porque o governo russo estava gastando muito comprando óculos para a população. Começou-se, então, a pesquisar uma forma de corrigir o grau. Pegaram um sujeito que era um gênio e desenvolveram a técnica, onde você fazia cortes na córnea, isto é, a parte transparente do olho (como se fosse a tampinha do relógio). Os cortes eram radiais, como os de uma pizza. Quanto maior a miopia, mais cortes. Assim, você enfraquecia a parede e a córnea ficava plana, diminuindo o tamanho do olho- o míope é quem tem o olho maior do que o normal.

Há uns 12, 14 anos, a cirurgia de miopia (apenas ela) era feita com um bisturi com ponta de diamante. Ela foi desenvolvida na União Soviética, por um russo chamado Fiodorov. E lá, ela não foi feita para se ganhar dinheiro, mas sim porque o governo russo estava gastando muito comprando óculos para a população. Começou-se, então, a pesquisar uma forma de corrigir o grau. Pegaram um sujeito que era um gênio e desenvolveram a técnica, onde você fazia cortes na córnea, isto é, a parte transparente do olho (como se fosse a tampinha do relógio). Os cortes eram radiais, como os de uma pizza. Quanto maior a miopia, mais cortes. O grande problema dela é que é uma cirurgia feita manualmente; e quantos cortes fazer, qual a profundidade, etc eram coisas individuais, posto que cada cirurgião tinha a sua experiência. E quando você ia fazer os cortes do lado esquerdo da córnea, era preciso cortar com a mão esquerda, e isso exigia uma habilidade enorme do cirurgião. Fora as complicações todas.

Há uns 10 anos, surgiram as cirurgias a laser. Foi uma grande revolução, pois é um laser especial que trabalha não fazendo esses cortes profundos como na pizza, mas lixa a córnea. Então, o trauma é muito menor. Ela é muito mais segura e pode ser feita com o olho aberto, o que não ocorria anteriormente. Hoje dá para operar os dois olhos ao mesmo tempo. Com o bisturi nunca se fazia isso.

O laser começou a ser utilizado apenas na operação de miopia. Há uns 6 anos foi desenvolvido para astigmatismo e há 4 para hipermetropia e outras combinações: míope com astigmatismo, hipermétrope com astigmatismo...miopia com hipermetropia não existe, são os opostos. Hoje, portanto, o laser corrige todas essas situações.

No míope, de 1 até 6 graus. Para o hipermétrope, de 1 até 5 e o astigmata, entre 1 e 4 graus. Nessas faixas obtêm-se os melhores resultados. Quanto à idade, legalmente, só a partir dos 18 anos. E, mesmo assim, a miopia tem de estar estável por, pelo menos, um ano. Não se pode operar se ela não estacionou. Idade máxima, não tem. Você pode fazer a cirurgia aos 50, 60, 70 anos. O que a pessoa mais velha não pode, por exemplo, é ter catarata junto com o problema, pois ela altera o grau, conforme a evolução.

A catarata é a perda de transparência da lente que tem dentro do olho, atrás da córnea. A lente se chama cristalino, e é como um óculos de 13 graus. Por que existe essa lente? Você vê de longe, a meia-distância e de perto sempre no foco. Isso acontece porque há um músculo em volta dessa lente. Este contrai, contrai muito ou relaxa completamente, fazendo a lente mudar de formato, para deixar a imagem focada na retina. Se eu vejo longe, a lente tem que afinar e o músculo relaxa. Se eu vejo perto, o músculo precisa contrair para que a lente fique mais "gordinha".

Depois dos 40 anos, as pessoas começam a enxergar pouco para perto. Isso se chama presbiopia ou vista cansada. É o terror das pessoas com mais de 40 anos. Por que ela acontece? Porque esse músculo, que está ao redor do cristalino, começa a ficar fraco. Funciona assim. É estranho porque aparece exatamente aos 40, não aos 30 ou 50 anos. Agora, existem algumas pessoas que realmente têm uma capacidade visual boa aos 45, 46, 47 anos.

Os míopes enxergam bem de perto e mal de longe. Então, quem é míope, depois dos 40 anos, tira os óculos para ler. O hipermétrope é o contrário: vê muito mal de perto e melhor de longe. Depois dos 40, ele piora muito. A coisa da vista cansada ainda não tem cirurgia. Por quê? O local em que você realiza o procedimento, na córnea, altera tanto para longe quanto para perto. Se eu melhorar para perto, vou piorar para longe, e vice-versa. Vai surgir alguma coisa, mas, por enquanto, não há nada que seja previsível e funcione por um longo tempo.

Na catarata, onde o cristalino fica opaco, tirava-se o cristalino e, como eu disse anteriormente, ficavam faltando 13 graus dentro do olho. Então, a pessoa tinha de colocar aqueles óculos conhecidos como "fundo- de- garrafa" na frente. E era uma visão terrível, cheia de aberrações, a pessoa mal conseguia andar. Se ela tinha catarata em um olho só, não adiantava operar, pois ninguém conseguia usar óculos só de um lado. Então foi muito complicado.

Em 1942, 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, um oftalmologista inglês atendia as pessoas feridas na guerra- soldados, pilotos, etc. Ele percebeu que os pilotos que sofriam bombardeios por terra tinham "vidro" de avião estilhaçado pelo corpo- na verdade não é vidro, mas um plástico super resistente chamado polimetilmetacrilato. Só que, quando esses pedaços entravam nos olhos, não causavam nenhuma reação tóxica, além de ficar lá por meses. Ele então falou: "puxa, quem sabe eu desenvolvo uma lente, com grau, feita desse material, que não seja rejeitada pelo olho humano...". E ele começou a desenvolver. É lógico que as primeiras lentes foram muito grandes e deram mil problemas...esse médico é vivo, ainda.

Isso vem desde 42, 45 ???? até hoje. São 50 anos de desenvolvimento dessas lentes. Hoje existem outros materiais: acrílico, silicone... Essa lente entrava no lugar do cristalino, quando a pessoa tinha catarata. Hoje, existem lentes que entram dobradas no olho. O corte é tão pequeno, que você dobra a lente e ela se abre lá dentro.

Sim, principalmente nos países tropicais, onde os raios solares são mais fortes. Quais são os problemas? O primeiro é uma pelezinha que cresce no canto interno do olho e vai em direção à córnea. Chama-se pterígio. Agora, por que 99,99% dos casos ocorre no canto interno? Porque os raios de sol batem na ponta do nariz e refletem nesta região. Outra coisa: parece que, nos países tropicais, a incidência de catarata é maior, pois neles o cristalino fica opaco mais precocemente. Também é provável que os raios de sol mais intensos provocam degeneração e outros problemas na retina.