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Clarisse Abujamra
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Você começou a carreira como bailarina ou atriz?
Bailarina.
Mas era balé clássico ou moderno?
Na minha época, aqui no Brasil, estava começando o balé moderno. Eu comecei com uma tcheca, que tinha chegado dos Estados Unidos, trazendo uma técnica de dança contemporânea da Martha Graham. Fiz balé clássico, normal, e aos 15 anos eu fui para essa técnica moderna. Aos 18 mudei-me para os EUA.
Você chegou a ter aula com ela?
Cheguei...foi a maior emoção da minha vida. Fiquei dois anos no estúdio dela lá nos Estados Unidos, depois voltei.
E como você passou a ser atriz?
Aí foi uma coisa atrás da outra. Eu não fui direto para a carreira de atriz. De bailarina passei a ser coreógrafa e daí comecei a coreografar para teatro. Bom, não é segredo que eu sou sobrinha do Abujamra, e a vida toda ele dizia para mim: "vai fazer Actor`s Studio, estudar teatro, você tem que fazer teatro". Mas eu não queria saber.
E o que aconteceu?
Fui coreografar para teatro e comecei a ficar fascinada pelo processo da interpretação e a própria técnica da Martha exigia uma compreensão de subtexto e interpretação muito grandes. Então aquilo já estava sendo fomentado desde os meus 15 anos, mais ou menos.
Então, finalmente você subiu em um palco?
Aí, a passagem de coreógrafa para atriz foi a famosa história: um belo dia, na véspera da estréia, a atriz faltou. Só que a peça era inteira coreografada e eu era a única pessoa que sabia tudo. Então me falaram: "nem que você entre com o texto na mão, mas pelo amor de Deus, entra. Não dá para adiar". E eu entrei, p... da vida, fiquei bravíssima. Só fui porque eu sabia das dificuldades enfrentadas por uma produção. Entrei e nunca mais saí. Depois de virar atriz também comecei a dirigir.
Hoje você dirige?
Dirijo, trabalho como atriz e continuo coreografando. Só não danço mais.
Qual é o seu projeto atual?
Eu estou com algumas coisas. Estou com um espetáculo chamado "A maçã de Eva", que estreei em 99. Em julho agora eu faço dois anos, seis meses de temporada em São Paulo e estou viajando. Nós comemoramos cem apresentações no teatro Amazonas, o que foi uma emoção linda, inenarrável, porque foi um monólogo...e fazer um monólogo naquele teatro lotado foi uma emoção muito grande. Também estou na iminência de começar uma peça, isto é, iminência de data, pois a gente está com uma dificuldade enorme de conseguir teatro.
Que peça é essa?
É uma peça que o Luís Guilherme me chamou para fazer com a direção do Roberto Laje. Por coincidência, ela também é dos autores de "A maçã de Eva". Essa comédia chama-se "Amante da minha mulher". Eu faço junto com o Carlos Navas, cantor. Ele tem um show onde eu entro como convidada dizendo alguns poemas. Paralelamente a isso, eu faço um happy hour de poesias com um baixista deslumbrante, o Itamar Colaço. Eu recito os poemas e ele toca baixo. É simplesmente o máximo.
Qual foi o seu último trabalho na TV e o que você pensa sobre ela?
Olha, a TV exige de você (pelo menos de mim) um empenho de procurar entrar em contato para o qual eu não tenho mais muita disposição. Não que eu não gostaria de estar fazendo. Acho que hoje é vital, vez ou outra, estar na famosa telinha. Meu último trabalho foi Chiquinha Gonzaga.
Você fez "O Machão" com o Antônio Fagundes e foi um sucesso. Por que sempre se fala de "Beto Rockfeller" e não de "O Machão"?
É um absurdo. Eu soube que a Tupi não tem mais a novela. Gravaram futebol em cima. Foi um crime, porque foi a primeira novela que não tinha intervalos. Ela era recheada de vinhetas, ficava de 20 a 25 minutos direto no ar. "O Machão" trouxe a comédia para a televisão. Então eu acho que a novela foi importantíssima para a época. O fato desse registro não existir mais é uma lástima, porque era uma inovação só. Ela é de 1974 e ficou um ano em cartaz. Foi uma coisa genial. O Fagundes saiu de lá para a Globo. A história da novela "O Cravo e a Rosa" baseou-se em "O Machão"( que foi uma superadaptação do Walcyr Carrasco para "A Megera Domada", de Shakespeare.
Você tem mais projetos em mente?
Estive conversando com o pessoal da Apetesp -Associação Paulista dos Produtores de Teatro de São Paulo- para ver se eles levantam um projeto com a finalidade de implantar uma casa de espetáculos em cada shopping da cidade. Assim, você enriquece o próprio shopping, bem como a vida cultural do público que o frequenta.
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