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Carlos Lyra
carlo lyra g
Como você se sente tendo fundado a Bossa Nova, que tornou possível a divulgação da música brasileira em todo mundo?
Sendo a Bossa Nova a música popular brasileira que virou um clássico, me sinto como um participante de alguma coisa que veio para ficar.
Como começou sua relação com Roberto Menescal?
Fomos colegas de estudo no Colégio Mallet Soares, época em que trocávamos idéias musicais enquanto eu lhe ensinava a tocar violão.
Qual foi a sua melhor parceria? Por que?
Minha melhor parceria foi com Vinícius de Moraes, porque com ele escrevi um grande número de obras que se tornaram clássicos do cancioneiro nacional como, por exemplo, Minha namorada, Primavera, Você e eu, Coisa mais linda, Marcha da quarta-feira de cinzas, e todo o "score" de Pobre Menina Rica, que segundo Nelson Aires, foi o musical responsável por ele ter se tornado músico.
Qual é sua fonte de inspiração?
Depende. Tanto pode ser o violão, quanto o rumor da água. Seja do mar ou do chuveiro.
Nas suas atuais composições, você mantém algumas características da Bossa Nova como: o intimismo da interpretação, os acordes alterados, a letra lírica e coloquial ?
Tudo isso e mais o desenho impecável da melodia.
Algum compositor erudito influenciou suas composições?
Certamente Ravel, Debussy, Strawinsky, Prokofiev, Villa-Lobos e Puccini.
De todas as músicas que você compôs, qual lhe traz melhores lembranças?
Maria Ninguém, com letra e música de minha autoria, que foi composta numa aula de francês, no tempo de Colégio, foi gravada por João Gilberto e Brigitte Bardot e era a música predileta, na Bossa Nova, de Jacqueline Kennedy e também muito apreciada por Jorge Amado ao achar, divertidamente, que o autor da letra só podia ser comunista. Entendendo-se isso, como um elogio.
Qual é a sua opinião sobre a reedição das canções da Bossa Nova feita através da inserção da música eletrônica?
Acho que todos os recursos usados pelos jovens na procura de novos caminhos musicais, tais como a música eletrônica, Remix e etc., são perfeitamente válidos apesar de que até agora nenhum deles logrou despertar em mim um interesse profundo.
Você concorda com a idéia de que cada movimento musical espelha um momento econômico que o país atravessa?
Não só concordo, como afirmo que a Bossa Nova só poderia ter nascido na época desenvolvimentista, do governo Juscelino Kubitchek, onde o momento econômico gerou uma grande tranqüilidade política e um surto cultural que se manifestou tanto nas artes, como nos esportes.
Como está atualmente sua paixão pela astrologia e pelo teatro?
Ambas arrefecidas. A astrologia preterida por outros interesses e a do teatro, pela falta de qualidade na dramaturgia e na interpretação, exceção feita à peças como as de Leiláh Assumpção.
A que você atribui a falta de entusiasmo dos festivais atuais.
À falta de participação de compositores como Milton Nascimento, Caetano Veloso, Edú Lobo, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Ivan Lins, Chico Buarque, Gilberto Gil e tantos outros que faziam brilhar os antigos festivais.
Quais são seus futuros projetos?
Colocar um site na internet, montar a comédia musical Pobre menina Rica de minha autoria e de Vinícius de Moraes, gravar um disco de músicas inéditas, e fazer uma grande temporada em teatros do Rio e São Paulo.
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