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Cande Brandão
entrevista cande
Qual a história de Candé Brandão ?
Comecei a fazer cursos de teatro em 83, ainda no colegial. No Rio, participei durante 4 anos (até 86) do Tablado, dirigido por Maria Clara Machado. Então parei com o teatro e continuei estudando na faculdade de jornalismo, período onde vinha assistindo alguns espetáculos do Oswaldo Montenegro (como "Os Menestréis"). A partir daí, surgiu uma grande identificação e gosto por musicais. Entrei em um curso com Deto, irmão do Oswaldo, e em 91 nós três viemos para São Paulo montar a Cia dos Menestréis, onde passamos a realizar espetáculos musicais.
Por que a opção pelos musicais ?
Nós, eu e o Deto, fomos descobrindo que esse tipo de teatro tinha um fundamento. A maneira como o Oswaldo treinava os elencos dos espetáculos estimulava muito a intuição, a percepção e o reflexo das pessoas, e resolvemos incorporar esse formato que proporcionaria aos alunos do curso um aprendizado não só para o teatro, mas para toda a vida. Fundamos então a Oficina dos Menestréis, sempre trabalhando o aprimoramento do método.
E no que o método criado por vocês difere do teatro tradicional ?
O curso está muito ligado à música e ao corpo. Também é fundamental, como diretor, utilizar os atributos que o aluno traz dentro de si adquiridos com a experiência de vida, desfrutando destes da melhor forma possível. No espetáculo tradicional, às vezes falta pensar no público. Um texto de repente pode ficar cansativo, porque alcança um nível tal de profundidade que ninguém entende. Quando isso acontece, não se atinge o público, e o maior objetivo do teatro é exatamente esse: atingir o público, emocionar as pessoas. Deve haver, portanto, um equilíbrio entre profundidade e entretenimento.
De que forma se incrementa esse equilíbrio ?
Unindo a profundidade a outros fatores. Ao trazer elementos do cinema para o teatro, como o dinamismo e uma forte presença de música, cria-se um envolvimento maior com a platéia, permitindo-a sentir o espetáculo.
Como você compõe o elenco de um espetáculo ?
Eu procuro a harmonia do grupo baseada na troca de personagens entre os alunos, ainda que alguns tenham mais destaque na atuação, pois isso imprime uma grande diversidade às apresentações. Mas também não se pode iludir uma pessoa e fazê-la passar vergonha. Seria uma mentira, porque se ela decide enveredar na vida profissional de ator, não vai encontrar condescendência no mundo lá fora.
Qual a maior dificuldade encontrada pelos alunos ?
Na maioria das vezes, eles têm só coisas boas. O adolescente e a criança estão revestidos de uma pureza e uma vontade que são essenciais. Mesmo assim, há uma época onde o mais difícil de controlar é o ego, especialmente nos jovens. Aí entra a necessidade de aprender a enxergar a totalidade do espetáculo, de embutir na consciência o valor da união do grupo. O importante não é a estrela, é brilhar a constelação.
O que a experiência nesse método teatral deixa para os jovens e crianças ?
Eles desenvolvem a autenticidade e o lado intuitivo, possibilitando uma elaboração da criatividade e da atenção. Ao aplicar esses elementos no dia-a-dia de forma natural, a pessoa perde o medo de errar nos momentos em que é preciso agir, pois sabe improvisar e tem segurança quanto ao próprio poder de comunicação. Mais do que um método teatral, é uma lição de vida.
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