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Cacá Ribeiro
caca ribeiro g
Como você se tornou produtor?
Eu sempre quis trabalhar com arte. Fiz aula de pintura, piano e em 78 fui fazer dança com o Viola. Optei pela dança por ser uma coisa mais solta, de expressão corporal mesmo. Dois anos depois ele me chamou para fazer um espetáculo com ele. Houve a estréia e, no dia seguinte, tinha uma foto minha na primeira página da Folha de São Paulo. Eu pensei então que este poderia ser um caminho. Trabalhei com o Viola durante muito tempo como bailarino e depois como professor. Nessa época eu já estava começando a produzir os espetáculos nos quais eu dançava com o grupo Marzipan.
Você trabalhou em teatro?
Sim, eu comecei a trabalhar com o Gerald Thomas, produzindo e atuando. Fizemos muitas turnês fora do país, nas quais eu era produtor. Nessa fase como produtor eu passei a lidar com a vaidade de estar no palco, trabalhando em backstage mesmo, pois isso também é teatro, e o trabalho de imaginar e vender uma produção faz parte disso.
Você criou um novo nicho de trabalho?
Não diria um nicho; eu entrei no mercado especificamente numa coisa em que as pessoas não trabalhavam. Mesmo hoje não existem muitos produtores de festas. Eu sou um produtor de festas, mas não faço só festas. Trabalho com moda, grandes empresas, desenvolvo outros tipos de evento. Produzo, por exemplo, alguns lounges e desfiles do SP Fashion Week.
Qual o segredo de uma boa festa?
São diversas coisas. Primeiro, uma lista de convidados criteriosa. Tem que ter socialite, prostituta, bicha, banqueiro, gente normal, etc, porque tudo é assunto. Se não for assim, você não tem sobre o que conversar. Também não pode ter mais mulher do que homem e vice-versa. O público deve ser bastante heterogêneo. Uma boa música e boa bebida são muito importantes. A pessoa não pode esperar muito para ir ao banheiro, para deixar o carro na porta, coisas assim. Os pequenos detalhes fazem a diferença.
Festa boa é sinônimo de festa cara?
O orçamento influi muito. Várias pessoas me perguntam: quanto custa uma festa? De 20 mil a 1 milhão. Se você quer servir Don Perignon, é lógico que os seus convidados vão gostar mais do que de Moët Chandon. Mas dá para se fazer uma festa muito bacana só com cerveja. Depende do espírito da pessoa. O que não se pode é pretender mais do que aquilo que você pode oferecer ao público. O mais legal de uma festa é ter um gancho, um bom assunto.
Como foram as megafestas que você fez?
Bom, essas festas são institucionais. A gente deixa de trabalhar um motivo pessoal. É uma coisa mais voltada para o lado empresarial, onde é preciso pensar na marca e na expectativa do cliente com relação à festa. As grandes festas são puro marketing. O meu papel é fazer com que as pessoas se divirtam, sem esquecer da marca presente no evento, que tem de ser vista.
No que as pessoas reparam mais quando comparecem aos eventos?
Alguém dizia que "Deus está nos detalhes". Quando você vai numa festa, repara justamente nos detalhes: o que tem no banheiro, qual sabonete está sendo usado, se o guardanapo é de linho ou papel... Às vezes, uma pessoa suja o paletó e quer ter uma camareira para limpá-lo. Um detalhe assim acaba tendo mais valor do que uma grande queima de fogos, ou mesmo uma tenda produzida. As pessoas gostam desses requintes.
E a festa da Moët Chandon?
Moët Chandon é um evento que veio crescendo muito. O esforço que se faz é muito grande, porque a gente tem pouquíssimas horas para montar e desmontar tudo, e é ao ar livre. No primeiro ano, era um evento bem voltado para as lojas. Tinham algumas atrações acontecendo na rua, barracas de consumo, tal. Trouxemos um pouco para a rua coisas que, a princípio, eram muito elitizadas. Não se pode fechar a Oscar Freire só para convidados, é antidemocrático, pois ela faz parte da cidade. O evento foi um sucesso. No ano passado, a produção foi maior, com desfiles de moda na rua, show da Marília Pêra. O problema é que a festa tomou uma proporção tamanha que a Moët Chandon não tem mais como realizá-la. Ficou muito grande. No ano passado compareceram 20 mil pessoas. Esse ano, a Chandon estudará meios para reformular a estrutura do evento, que deve voltar com outra cara em 2002.
Quais são seus próximos projetos?
Esse ano estamos trabalhando num projeto que se chama Carlton Arts, com muitos artistas internacionais. Vamos montar a estrutura e o cenário de ambientação, ou seja, a moldura do evento. Além disso, vou fazer uma festa para a Vogue Tactel- de inauguração do SP Fashon Week, e a de encerramento. A produção do aniversário do Alexandre Herchcovitch será minha também.
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